Muitas vezes gostaríamos de conseguir mudar o nosso parceiro ou parceira. Mesmo que mudasse apenas um bocadinho, já ajudava! Se ela ou ele em vez disso fizesse ou dissesse aquilo, seria o ideal!
As relações podem ser vistas em diferentes categorias. Por exemplo, a relação com outras pessoas, a nossa relação com o mundo em que vivemos, a sua cultura etc.., e a relação que temos connosco. Assim sendo, poderiamos pensar na relação como interacções que ocorrem de, e para o outro, e que pode estar equilibrada ou em desequilíbrio. Será aquilo que damos é o oposto do que recebemos? Em certa medida, será que precisamos de receber o mesmo que damos? Precisamos de equilíbrio? Quais são as consequências do desequilíbrio para a relação?
É comum a busca de terapia no que concerne as relações pessoais com membros da família, companheiro ou companheira, amigos e colegas de trabalho. O desequilíbrio emocional promove sentimentos difíceis que acabam por afectar negativamente a vida do dia-a-dia.
Ao longo da vida nos diferentes contextos da relação, sentimentos, sensações e emoções vão surgindo. Sentimentos até desconhecidos da nossa consciência. A adaptação à relação permite ir ao encontro de sentimentos que são activados e que se calhar nem conhecia.
As relações, seja com quem for, têm sempre um ponto em comum, que é a relação connosco mesmos.
Ao longo do tempo acumulamos crenças e emoções que interferem nas nossas relações. Olhar para dentro permite ver as emoções, pensamentos e sentimentos que muitas vezes nos mantêm a afastados em vez de nos aproximarem.
Olhar para a relação a partir do nosso Eu pode ser emocionalmente difícil, mas ao mesmo tempo gratificante na descoberta de significado.
Cada um tem a sua própria história. As circunstâncias de vida alteram-se e não é fácil aceitar mudanças sobre as quais não temos controlo. A exploração interna procura com calma e curiosidade ir ao encontro de respostas para que o equilíbrio emocional seja alcançado e, com clareza, estabelecer relacionamentos mais felizes e gratificantes para nós mesmos.
Reinaldo Diniz