Muitas vezes, quando acontece pela primeira vez, o episódio de ataque de pânico é desconsiderado e visto como apenas algo estranho. Muitas pessoas que experimentam ataques de pânico não reconhecem imediatamente qual a fonte do seu desconforto. É diferente das reacções normais de medo e ansiedade que temos em resposta a eventos stressantes de vida.
Durante um ataque de pânico, sentimentos repentinos de terror e medo passam a dominar o sistema levando à perda de controlo e muitas vezes até medo de morrer.
Sentimentos de medo e angústia, muitas vezes acompanhados de sintomatologia física tais como: batimento cardíaco acelerado, pressão e dor no peito, dormência, falta de ar e até desorientação. O corpo reage da mesma forma que reagiria se a ameaça estivesse efetivamente presente. Se por um lado o corpo diz para correr, por outro, a mente diz para ficar.
Se os ataques de pânico surgem com frequência é natural ficar preocupado com medo e atento, pelo que o medo e consequente ansiedade tornam-se uma fonte de ainda mais ansiedade.
Como forma de procurar evitar que se repita é frequente que a pessoa faça mudanças no estilo de vida, o evitamento de locais ou contacto com pessoas que pudessem eventualmente ter influência para desencadear um ataque de pânico. Evitar, tende a aumentar e prolongar o medo de lugares e situações tornando a zona de segurança cada vez menor ao longo do tempo, e pode ironicamente aumentar a frequência ou o medo de ataques de pânico.
Terapia para ataques de pânico ou perturbação de pânico pode ajudar a recuperar o controlo da vida, aumentando gradualmente a zona de segurança e expandindo a capacidade de alegria, realização e consequentemente o equilíbrio emocional.
Reinaldo Diniz